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Envelhecimento. Como será?




O que seria a velhice? Como será essa fase da minha vida? Como estarei? Usarei fraldas? Viverei numa cadeira de balanço? Irei a festas? Vida sexual ativa? Cuidando dos netos? Jogando futebol? Doente? Ficar sozinha? Dependente? Rabugenta?


A velhice carrega uma imagem de cuidados com os netos sem nenhum outro desempenho de papel dentro da sociedade. Essa fase da vida está muito associada ao negativismo, como se já estivéssemos mortos, porém ainda respirando. Isso se deve a forte associação com a morte, doenças, aposentadoria, decadência física e mudanças de atividades sociais, onde se espera dos idosos comportamentos de acordo com padrões atribuídos para essa fase da vida, como de se vestir e vocabulário, havendo uma perda de atributos tão valorizados pela sociedade e pelo próprio idoso, como o “novo”, a beleza, as ideias inovadoras e produtivas, a independência tão sonhada pelos jovens.


Schneider e Irigary (2008) trazem uma observação sobre os diversos nomes existentes na nossa sociedade para demarcar essa fase de nossa vida, evidenciando um preconceito no qual se busca diversas formas mais “amenas” para dizer que estamos na velhice, sendo necessário que a sociedade compreenda que “se tornar velho é aceitar a velhice e ser orgulhoso dos muitos anos que conferem experiência, sabedoria e liberdade”.


É difícil demarcar o início da velhice. A Organização Mundial da Sáude (OMS) define de acordo com a idade cronológica, entre 60 e 65 anos. De acordo com mudanças biológicas, alterações se iniciam por volta dos 40 anos, com redução da massa óssea, declínio da audição e visão e perda de neurônios. No entanto, as funções mentais continuam, como pontuadas pelos autores acima.


Outra forma de observar a velhice está nas “funções psicológicas, como aprendizagem, memória, inteligência, controle emocional, estratégias de enfrentamento, etc”. Sabe aquele famoso momento em que dizemos que há velhos mais novos do que muitos jovens? Então, isso se encaixa nessas funções, pois há adultos que possuem características psicológicas com graus maiores, “jovens psicologicamente”, outros com graus menores, “velhos psicologicamente” (SCHNEIDER; IRIGARY, 2008).


Acredito que as funções psicológicas são umas das melhores formas para se observar o início da velhice, com “os lapsos de memória, dificuldade de aprendizagem e falhas de atenção, orientação e concentração” quando comparados com as capacidades cognitivas anteriores. Normalmente o envelhecimento traz uma redução natural das capacidades cognitivas, como rapidez de aprendizagem e memória.


Outra questão é o padrão de comportamento adquirido e mantido ao longo da vida e que tem uma influência direta na forma como as pessoas envelhecem (SCHNEIDER; IRIGARY, 2008). Por esses dias li uma matéria falando sobre a Ieda, ex participante do BBB 17. A aposentada, de 70 anos de idade, falou um pouco sobre a velhice e os motivos que a levaram a participar de um reality show conhecido por ter participantes sempre muito jovens. De forma breve, ela dizia sobre não acomodar-se, beber vinho, sair e não apenas cuidar do neto. No BBB 16, havia a Dona Geralda, aposentada de 63 anos, que competiu no concurso Miss Bumbum Melhor Idade, adora festa e tomar uma cerveja. Ambas vêm apresentando alguns exemplos de como a pessoa na terceira idade está mudando conforme os tempos, tudo isso de acordo com seus padrões de comportamentos durante a vida. “Não importa a quantidade de anos que o indivíduo tem, mas sim o que ele fez com os anos vividos, e como a sociedade trata alguém nesta fase da vida”, de acordo com Schneider e Irigary (2008).



Construção a partir da seguinte referência:


SCHNEIDER, R. H.; IRIGARY, T. Q. O envelhecimento na atualidade: aspectos cronológicos, biológicos, psicológicos e sociais. Estudos de Psicologia I Campinas I 25(4) I 585-593 I outubro -.dezembro 2008. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/estpsi/v25n4/a13v25n4.pdf>


https://globoplay.globo.com/v/5689590/


http://gshow.globo.com/realities/bbb/BBB-16/agora-na-casa/noticia/2016/03/geralda-admite-amor-por-cerveja-se-eu-pudesse-tomaria-de-manha-de-tarde-e-noite.html

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